sexta-feira, 15 de julho de 2011

“Governo não tem estratégia económica nem sensibilidade social”

António José Seguro esteve no Teixoso, na Covilhã, no Fundão e em Castelo Branco
António José Seguro criticou ontem, em Castelo Branco, o imposto extraordinário sobre o subsídio de Natal apresentado pelo Governo, sublinhando que a “consolidação das contas públicas não pode ser feita através de políticas de austeridade”.
 Seguro afirmou estar “chocado” com este “aumento brutal de impostos” que  “não tem uma justificação séria”.
“Qual é a justificação?”, perguntou o candidato à liderança do partido socialista, lembrando que “enquanto líder da oposição, Passos Coelho dizia que o Governo tinha de cortar na gordura, diminuir os consumos intermédios do Estado, cortar na despesa e não aumentar impostos. E o que é que ele fez? Aumentou impostos, foi a sua primeira medida”, criticou, realçando que o corte “tem impacto negativo na economia, e em particular no pequeno comércio, que beneficiava com as compras de Natal.”
 De acordo com Seguro, as medidas de austeridade impostas pelo  memorando da Troika vão conduzir à contracção do consumo, razão pela qual “é necessário adoptar medidas que impulsionem o crescimento económico sustentável”.
O pacote de reformas associadas ao programa de assistência financeira apresenta em muitas dimensões uma latitude de interpretação significativa no que se refere à implementação concreta das medidas, a qual deixa espaço para a discussão política e para o diálogo construtivo entre o Governo e o maior partido da oposição.
As medidas incluídas no programa de assistência visam, no essencial, o restabelecimento das condições de financiamento da economia portuguesa no prazo do programa. No entanto, a sustentabilidade da economia portuguesa no médio e longo prazo, isto é, após o fim do programa de assistência financeira, exige a manutenção de um crescimento económico sustentado, que permita não apenas fazer face ao reembolso do empréstimo concedido ao abrigo daquele programa, como também assegurar o reinício do processo de convergência real da economia portuguesa no seio da área do euro
As declarações foram feitas em Castelo Branco durante a apresentação do Novo Ciclo aos militantes socialistas. Durante a tarde, o candidato esteve ainda em Teixoso, Covilhã e Fundão
Em Bragança,
Seguro reafirmou preocupação com as indefinições do Governo na preparação da abertura do ano escolar
O candidato à liderança do PS António José Seguro acusou ontem o Governo de estar a criar “instabilidade nas escolas” por falta de orientações para o novo ano letivo.“o Governo, por ausência de orientações claras, está a criar instabilidade na preparação da abertura desse ano escolar”, disse Seguro, em Bragança, num almoço com militantes, em que decidiu “chamar a atenção do Governo” para esta questão.Para António José Seguro, “é a altura de o Governo decidir e dar orientações claras para a escola, nomeadamente no que diz respeito ao desenho curricular, se a disciplina da Área de Projeto se mantém, se há um ou dois professores na área do audiovisual, se vai haver fusão o! u não de agrupamentos, e se vai proceder ao encerramento ou não das escolas com menos de 21 alunos”.“O facto de não haver decisão sobre estas três questões que são essenciais perturba naturalmente os prazos para que as escolas possam dizer quais são as suas necessidades em termos dos próprios professores”, declarou.Seguro lembrou que a “preparação da abertura do ano escolar diz respeito a milhões de portugueses: aos professores, à comunidade escolar, aos alunos, aos pais” e considerou que esta “chamada de atenção ao Governo” é um exemplo da “oposição responsável” que se propõe fazer, se for eleito secretário-geral do PS.Esta é a expectativa do presidente da Federação Distrital de Bragança do partido, Mota Andrade, que apoia Seguro na sucessão ! de José Sócrates e espera “uma votaç! ;ã ;o massiva” dos militantes desta região no candidato. Mota Andrade desafiou ainda Seguro a, se for eleito, realizar em Bragança a primeira reunião geral de militantes do PS.

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