domingo, 24 de julho de 2011

Camaradas,

Caro(a) Camarada,
Obrigado!
A vitória de hoje é a vitória do PS. Trata-se de uma escolha clara e inequívoca para iniciar o novo ciclo, um ciclo de mudança, no interior do PS e em Portugal. É um dia de esperança renovada para os socialistas que nos responsabiliza perante a nossa história e perante os portugueses. Aceito esta vitória e tudo farei para a honrar em cada dia da minha acção política.
Dirijo um cumprimento particular ao Francisco Assis. Pela sua participação nas eleições internas e pelos contributos que trouxe para o debate político. Conheço Francisco Assis e estou certo que o PS continuará a contar com ele e com a força das suas ideias para os desafios que temos pela frente.
Quero agradecer a todos os militantes do PS. A todos sem excepção. Pelo seu empenhamento neste processo eleitoral. Só um grande partido como é o PS, imediatamente após uma derrota eleitoral, poderia ter milhares de mulheres e homens tão envolvidos no debate político. Quero dirigir uma palavra de apreço aos mais de 30.000 militantes que participaram nestas eleições. Todos são dignos do meu reconhecimento pela vossa dedicação ao nosso PS.
Serei líder de todos e de todas as socialistas. Estou aqui para somar, para unir, assumindo por inteiro toda a história e todo o património do PS. Assumo os momentos felizes e menos felizes da nossa história, na certeza de que o futuro será melhor se aprendermos com os erros do passado.
No PS não há vencedores nem vencidos. Há socialistas, homens e mulheres livres. Conto com cada um e com todos vós para o novo ciclo e para afirmarmos o nosso PS como a alternativa política à actual maioria de direita. O PS precisa de todos vós.
Foi uma campanha que mostrou a vitalidade, a abertura e o espírito profundamente democrático do Partido Socialista. Muitos socialistas regressaram à militância e muitos simpatizantes manifestaram o desejo de participar na construção de novas propostas políticas. Foi uma campanha inesquecível.
Permitam que enderece um abraço sentido aos milhares de apoiantes do NOVO CICLO que voluntariamente levaram esta campanha a todos os cantos de Portugal e às comunidades portuguesas, designadamente através das redes sociais. Um agradecimento especial para os militantes e simpatizantes que colaboraram mais directamente comigo e, em particular, ao meu Director de Campanha, o meu amigo António Galamba. A todos vós um grande Bem Hajam!
Faço questão de aproveitar esta minha primeira declaração como líder do PS para enviar uma mensagem de solidariedade ao povo e ao governo norueguês, num momento de tragédia e de sofrimento. O terrorismo, de todos os quadrantes é inimigo da humanidade e da democracia. Estamos ao lado do povo da Noruega e dos jovens socialistas nesta hora de sofrimento e de luto.
Ser líder do PS é simultaneamente uma honra, uma responsabilidade e uma oportunidade.
a) Uma honra porque é liderar o partido que todos os portugueses identificam com a liberdade, com a democracia, com a igualdade de oportunidades, com a justiça social e com uma Europa solidária.
Porque é o partido de Mário Soares, de Vítor Constâncio, Jorge Sampaio, António Guterres, Ferro Rodrigues, José Sócrates, cujos exemplos de coragem e dedicação não esqueço, nem o partido socialista jamais esquecerá.
É uma honra dar continuidade ao seu exemplo de dedicação ao país e aos portugueses em nome dos valores da liberdade, da igualdade e do progresso, do combate às desigualdades sociais, à pobreza e à exclusão social.
É uma honra por ter merecido a confiança de tantos portugueses e portuguesas que ao votarem na minha candidatura me dão a honra de poder falar em nome deles e do PS, a honra de poder ser a voz da esperança num futuro melhor para todos nós.
O meu compromisso firme e solene é o de trabalhar todos os dias para ser merecedor da vossa confiança e da vossa esperança.
Liderar o Partido Socialista é sempre uma grande responsabilidade, sejam quais forem as circunstâncias e o tempo político. Mas no tempo que vivemos é uma responsabilidade acrescida. É um tempo de grande exigência para o PS, para o País, para os portugueses, mas também de enorme exigência no plano europeu e no plano internacional.
É uma responsabilidade porque assumi desde o início que era preciso liderar um novo ciclo na vida política e na vida do partido.
Um novo ciclo que significa desde logo, novas ideias, novos protagonistas, novos projectos, novos diálogos, uma nova forma de interacção do partido com a sociedade. Uma nova forma de fazer politica para as pessoas e com as pessoas. Novos desafios, como seja o de dar voz, projecto e esperança a todas as pessoas que têm a ambição, a vontade e a generosidade para se mobilizarem na construção de um País, de uma sociedade e de um mundo, melhores, mais humanos e mais justos.
Responsabilidade, porque o Partido Socialista vai liderar a oposição a este governo – e fá-lo em nome da defesa dos valores de esquerda democrática e do inabalável compromisso com o interesse nacional.
b) Uma oportunidade
Liderar o PS é sempre uma oportunidade ímpar de servir o meu país e os meus compatriotas, uma oportunidade que agradeço e a que procurarei corresponder inspirado no exemplo de milhares de militantes do PS que ao logo destes anos têm servido a causa pública.
Sei que não há nada mais difícil e incerto do que querer liderar um novo ciclo político – sei que isso exige confiança, convicção e coragem.
O que quero dizer aos portugueses é que nunca faltarão aos socialistas nem a confiança, nem a convicção, nem a coragem para lutar por Portugal e por um futuro melhor para todos. Derrubando preconceitos. Vencendo cinismos. Valorizando os consensos.
O PS vai liderar a oposição. O PS fará uma oposição firme, responsável, construtiva e leal. Sempre afirmei que tanto se serve o país e os portugueses no governo como na oposição.
Os votos do PS estão ao serviço do interesse nacional e dos valores da esquerda democrática.
Este governo tem todas as condições políticas e institucionais para levar por diante as medidas, as reformas, com vista ao cabal cumprimento dos compromissos internacionais do Estado Português.
Mas os primeiros sinais não são bons:
§ Aumento de impostos, contrariando uma promessa eleitoral e somando austeridade à austeridade com prejuízo para a nossa economia e para o emprego.
§ Injustiça social, ao estabelecer que o novo imposto atinge os rendimentos do trabalho, deixando de fora a riqueza e os rendimentos oriundos do capital.
§ Ruptura de compromissos assumidos com os parceiros sociais, fragilizando os direitos dos jovens trabalhadores.
O tempo exige rigor. Mas também, mais do que nunca, exige um forte sentido de sensibilidade social. Com uma opção clara pelo crescimento económico sustentável, e não, como tem sido o caminho escolhido pelo actual governo, de mera diminuição da procura interna com consequente aumento de sacrifícios para os portugueses. E é neste contexto que reafirmo com total clareza que o PS:
  1. Não considera que exista um problema constitucional em Portugal e que será firme na defesa das funções sociais do Estado e no equilíbrio das relações laborais estabelecido nos princípios constitucionais.
  2. Honrará a sua assinatura e cumprirá o memorando de assistência financeira a Portugal. Mas não abdicará, sempre que necessário e possível, de apresentar soluções alternativas de acordo com a nossa Declaração de Princípios e do mandato que recebemos dos portugueses. O memorando não suspende a política.
  3. Combaterá a corrupção com grande disponibilidade para acordos parlamentares, com todos os partidos, de modo a que seja possível acabar com esta praga que mina o estado de direito democrático. A constante desresponsabilização entre o sistema político e o sistema judiciário deve dar lugar a uma cooperação que torne eficaz o combate ao crime e, em sentido mais amplo, a uma justiça rápida e acessível.
A agenda do PS vai dar prioridade máxima ao EMPREGO.
. Insistimos na urgência da definição de uma estratégia de crescimento económico sustentável, pois só o crescimento será capaz de gerar riqueza e manter e criar emprego.
. Sabemos que a margem é estreita, mas é indispensável desenvolver uma estratégia de crescimento centrada no emprego, apoiando as empresas exportadoras e as PME que produzam ou venham a produzir bens transaccionais, aumentando a produção nacional e diminuindo as nossas exportações.
. As políticas de redução do défice devem articular-se com o crescimento da economia e com o emprego.
. As políticas que o PS vai desenvolver corresponderão às preocupações das pessoas.
. Tomaremos iniciativas que promovam novos diálogos com os parceiros sociais, os partidos políticos com assento parlamentar e com o Governo, com vista a estabelecer políticas que preservem e criem postos de trabalho.
A criação de EMPREGO será a base da formulação das nossas propostas politicas das quais destaco:
A preparação da alternativa de governo que ofereça aos portugueses uma proposta política actualizada no respeito pelos valores e princípios da esquerda democrática. Seremos alternativa, pois recusamos o rotativismo e a alternância.
E afirmação de Portugal e do PS na primeira linha do aprofundamento do projecto europeu. Incentivar o trabalho para que a família socialista europeia adopte uma posição comum alternativa ao actual comando conservador europeu. Precisamos de mais Europa e não de menos Europa.. Estamos a pagar um preço alto pela dispersão de dezenas de políticas orçamentais. Mais governação económica e mais governação política
Ao mesmo tempo iniciaremos o processo de renovação do Partido Socialista promovendo o debate político e valorizando a militância; modernizar e abrir o Partido à sociedade, levando-o para junto das pessoas. O Congresso Nacional de Setembro já terá novidades quanto a esse propósito.
E Introduziremos a liberdade de voto como regra da acção dos deputados do PS na Assembleia da República. Mudança que reputo da maior importância, cujo processo será iniciado, já a partir da próxima quinta-feira, numa reunião com o grupo parlamentar.
A situação de Portugal exige uma atitude política responsável e construtiva. Sempre me opus à política do bota-a-baixo. Do ser contra só porque é a iniciativa é de outro partido. O país necessita de compromissos e de convergências, sem nunca colocar em causa as ideologias de cada um.
O meu compromisso é com o futuro.
Reafirmo a minha confiança no país e nos jovens portugueses.
O caminho que o país tem de trilhar o caminho do crescimento económico, capaz de criar riqueza, postos de trabalho e trazer progresso social e desenvolvimento.
É possível recuperar a esperança, se soubermos somar à inovação, ao conhecimento e à pedagogia dos desafios que temos pela frente, a vontade política de os enfrentar.
O país precisa de um PS forte! Os portugueses podem contar connosco.
Um abraço fraterno do
António José Seguro

sábado, 23 de julho de 2011

Resultados Setubal

Resultados finais no distrito de Setúbal.

 AJS 73,25%,

 FA 26,75%.

Hoje começa O NOVO CICLO.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Resultados

Resultados da Concelhia de Santiago do Cacém:

Seguro 86 %    8 delegados
Assis    14%     0 delegados
Minhas caras e meus caros camaradas
Sou, como sabem, candidato a Secretário-Geral do nosso PS.
As eleições realizam-se já na próxima sexta-feira e no próximo sábado. Confirme, por favor, o dia, e o horário da eleição na sua secção.
Realizei mais de 60 debates por todas as regiões do nosso Portugal. Todos os debates tiveram casa cheia de militantes do PS desejosos de participarem e de darem a sua opinião para ajudar o PS a voltar a governar Portugal. Escutei atentamente cada um deles e anotei cada uma das suas sugestões.
É assim que eu gosto de fazer política. Próximo dos militantes, próximo das pessoas.
Quero dar mais voz e mais poder aos militantes do PS!
Mais voz no debate político e no Laboratório de Ideias (Gabinete de Estudos) e mais poder na escolha dos candidatos a cargos públicos (autarquias e deputados).
Valorizo a militância partidária, e com base nela vamos modernizar o nosso partido e abri-lo à sociedade portuguesa.
Introduzi a situação da Europa, e a necessidade de a dotar de governação política e económica, no debate interno do PS. Nunca como hoje debatemos tanto a Europa no interior do PS. Sem mudanças na Europa não conseguiremos crescer economicamente nem criar emprego. Em Portugal há cerca de 700 mil desempregados e o desemprego dos jovens chega a 28%.
A minha ambição é contribuir para que o PS ganhe as eleições de 2015. Para isso, vamos trabalhar desde já. Primeiro, ganhando as eleições autárquicas de 2013. Mas também, na construção de uma proposta política alternativa ao programa liberal do actual Governo. Entre mim e Passos Coelho há um oceano que nos separa ideologicamente.
O PS deve ser fiel aos seus valores e aos seus princípios de partido da esquerda democrática. Serei firma na defesa da identidade ideológica do PS. Colocarei todas as minhas forças no combate às desigualdades sociais, à pobreza e à exclusão social. Tal como saberei liderar o PS com sentido de responsabilidade e fazendo uma oposição construtiva.
Comigo, a Secretário-Geral, o nosso PS estará sempre ao lado das soluções para resolver os problemas dos portugueses.
Os socialistas do distrito de Setúbal conhecem-me bem e sabem que podem contar comigo. Quero ser Secretário-Geral do PS com o seu apoio.
Saberei honrar a sua confiança.
Peço-lhe o seu apoio. Peço-lhe que vote na LISTA A (António José Seguro).
Com um abraço fraterno do seu
António José Seguro

quarta-feira, 20 de julho de 2011

“ Temos de responder à conjuntura com o olhar no Portugal que queremos”


António José Seguro perfez ontem na Região Autónoma dos Açores o périplo pelas 21 estruturas federativas/regionais do Partido Socialista num sinal que evidencia o respeito pelos valores da Autonomia Regional, o compromisso com uma política de proximidade com os militantes e a prioridade da candidatura de promover debates com as mulheres e os homens que exercem uma militância partidária no PS. Ponta Delgada acolheu o 59º encontro do candidato com os militantes do Partido Socialista, tendo António José Seguro começado por sublinhar o seu respeito e consideração, com actos e não meras palavras, pela Autonomia Regional como Secretário-Geral da Juventude Socialista, Presidente do Grupo Parlamentar do PS na Assembleia da República e membro do Governo da República. “ O valor da solidariedade com uma Região Autónoma em que se regista uma dupla descontinuidade territorial, em relação ao Continente e nas 9 Ilhas , de Santa Maria ao Corvo, é e será uma realidade”. Afirmando-se defensor “ do aprofundamento das autonomias nos Açores, no quadro dos princípios de solidariedade nacional – continuidade territorial e coesão – e como forma, comprovada, de responder às necessidades dos açorianos”, Seguro sublinhou que “ a defesa das autonomias regionais corresponde à nossa concepção de um Portugal moderno e solidário.”

“O PS é o partido da consolidação das autonomias regionais através da adopção de políticas que traduzem os princípios da coesão social e territorial. Seremos firmes na defesa destes princípios e na observação da geografia específica da região autónoma dos Açores. A lei das finanças regionais deve dar expressão a estes princípios de forma transparente”, afirmou António José Seguro numa sala cheia de militantes do PS de São Miguel.
Depois do compromisso com a Autonomia Regional e da reafirmação da solidariedade da Direcção Nacional com o trabalho e os objectivos eleitorais do PS/Açores nas Regionais de 2012 e nas Eleições Autárquicas de 2013, caso mereça a confiança dos socialistas, António José Seguro enunciou os três eixos da Moção “ O Novo Ciclo”: uma nova forma de fazer política no Partido Socialista, uma nova forma de fazer política em Portugal e um novo olhar sobre a Europa. Sem abdicar da posição de que o memorando assinado com a “troika” não suspende a política, Seguro afirmou que “ na actual contexto, temos de responder à conjuntura com o olhar no Portugal que queremos”
Antes da sessão com militantes de Ponta Delgada, em que foi clara a adesão à prioridade de valorização do papel dos militantes na vida do partido, em todas as fases do processo de debate, o candidato esteve no Palácio de Santana onde apresentou cumprimentos formais ao Presidente do Governo Regional dos Açores, representante dos órgãos próprios da Região

domingo, 17 de julho de 2011

Seguro debateu ‘O Novo Ciclo’ com jovens socialistas


Ontem, no dia em que se assinalou o 26º aniversário do Conselho Nacional de Juventude, António José Seguro reuniu com jovens socialistas para debater o Novo Ciclo.
Durante o encontro, em que estiveram presentes mais de cinquenta jovens, o candidato à liderança do Partido Socialista falou sobre a reforma do sistema político e a necessidade de um novo quadro de diálogo entre as forças partidárias.
 Seguro reafirmou que “se for eleito líder do PS, respeitarei por inteiro a autonomia da JS. Era isso que pensava quando fui secretário-geral da JS e é aquilo que continuo a pensar”. “O PS será um espaço aberto à participação dos jovens. Mas o PS conta muito com a Juventude Socialista para, autonomamente, promover a sua acção política e acrescentar espaços de participação próprios para que os jovens debatam e formulem propostas políticas para o país.”.
 “É preciso derrubar muros e criar espaços de confiança e de convergência”, salientou ainda Seguro, defendendo uma nova forma de fazer política em Portugal. “O novo ciclo que proponho é uma forma diferente de fazer política no partido e fora do partido, com ética, com transparência e, sobretudo, através do exemplo”, disse.As pessoas estão carentes de atitudes. Só através do exemplo poderemos reconquistar a confiança dos portugueses. Credibilizar a política e os políticos é uma das nossas preocupações centrais. Nesse sentido devemos começar por nós próprios. Pela nossa casa. Pelo PS. Tratando bem os militantes e respeitando as suas ideias, ouvindo-os!”.

Seguro esteve em Cascais, em Odivelas e na Amadora

Em Cascais, em Odivelas e na Amadora, António José Seguro reafirmou o compromisso com a revitalização do partido e com a valorização, no debate e no processo de decisão, dos militantes
O candidato à liderança socialista António José Seguro esteve ontem com Militantes de Cascais, de Mafra, de Odivelas e da Amadora num conjunto de iniciativas que sublinham a atitude de proximidade que os dirigentes do PS terão no Novo Ciclo se for essa a vontade dos militantes.
 Seguro afirmou que “ O novo ciclo está virado para o futuro. Mas não deixaremos de aprender com os erros do passado. Sobretudo é necessário revitalizar o PS com base numa plataforma alargada para a construção da alternativa política. Realizaremos plenários de militantes em todas as federações. Ouviremos mais para decidir melhor. Queremos um partido a funcionar da base para o topo e não ao contrário. Queremos militantes activos e participativos e não apenas figurantes de eventos mediáticos.”.
 E prosseguiu, para aproveitar as competências, a experiência e os saberes dos militantes e dos simpatizantes “ reactivaremos o Gabinete de Estudos (inexistente desde 2004). Passará a chamar-se Laboratório de Ideias. Terá uma estrutura própria, descentralizada e com presença nas redes sociais, de modo a criar oportunidades de participação para todos os militantes e simpatizantes do PS que queiram colaborar, a partir de qualquer ponto do país O Laboratório de Ideias será o motor de um verdadeiro debate aberto, plural a todos os sectores da sociedade portuguesa, dando um contributo relevante para a construção de uma proposta política alternativa, coerente e sólida.”
 “ Lançaremos, no Congresso Nacional de Setembro, um amplo debate nacional sobre a organização e funcionamento interno do PS. Esse debate terá início no Congresso Nacional e decorrerá até ao fim no primeiro trimestre de 2012. Será um processo calendarizado, onde haverá tempo para debate, para a formulação de propostas e para a deliberação. Queremos mudar os métodos com o envolvimento dos militantes. A participação de cada militante e a melhoria da vida democrática interna serão os nossos objectivos. Mudaremos as práticas e aplicaremos internamente os princípios da conciliação entre a vida profissional, familiar e política. Por exemplo, nas grandes reuniõ! es nacionais do PS (Congressos, Convenções, Comissão Nacional) assegurar-se-á serviços de apoio às mães e aos pais que têm crianças.”
 Este debate nacional reflectirá sobre uma nova forma de fazer política partidária, aproveitando os espaços disponíveis e deverá discutir todas as propostas sem tabus, nem preconceitos. Desde a organização das estruturas (distrital, regional), passando pelo funcionamento dos órgãos, os métodos de trabalho, o acesso à informação, a comunicação, pela transparência do sistema eleitoral interno e igualdade de condições para as candidaturas, sistema de quotização, o financiamento das campanhas internas, a natureza dos Congressos em articulação com o sistema das directas, até ao método de escolha dos nossos candidatos para cargos políticos, incluindo a ! possibilidade da introdução das primárias, entre os militantes do PS, como hoje já acontece para a eleição do Secretário-Geral e para a eleição dos Presidentes das estruturas regionais e federativas. Tudo deve ser colocado em discussão. Nada deverá ficar excluído. Não pretendemos impôr nenhuma proposta, mas participaremos com as nossas próprias ideias em pé de igualdade com todos os militantes.
 Durante as sessões, em que também foi focado o tema da abertura do partido à sociedade, os presentes tiveram oportunidade de colocar questões ao candidato sobre todos os assuntos que consideram relevantes.
 A Educação, a crise económica e o papel de Portugal na Europa foram outros dos temas que mereceram especial destaque.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

“Governo não tem estratégia económica nem sensibilidade social”

António José Seguro esteve no Teixoso, na Covilhã, no Fundão e em Castelo Branco
António José Seguro criticou ontem, em Castelo Branco, o imposto extraordinário sobre o subsídio de Natal apresentado pelo Governo, sublinhando que a “consolidação das contas públicas não pode ser feita através de políticas de austeridade”.
 Seguro afirmou estar “chocado” com este “aumento brutal de impostos” que  “não tem uma justificação séria”.
“Qual é a justificação?”, perguntou o candidato à liderança do partido socialista, lembrando que “enquanto líder da oposição, Passos Coelho dizia que o Governo tinha de cortar na gordura, diminuir os consumos intermédios do Estado, cortar na despesa e não aumentar impostos. E o que é que ele fez? Aumentou impostos, foi a sua primeira medida”, criticou, realçando que o corte “tem impacto negativo na economia, e em particular no pequeno comércio, que beneficiava com as compras de Natal.”
 De acordo com Seguro, as medidas de austeridade impostas pelo  memorando da Troika vão conduzir à contracção do consumo, razão pela qual “é necessário adoptar medidas que impulsionem o crescimento económico sustentável”.
O pacote de reformas associadas ao programa de assistência financeira apresenta em muitas dimensões uma latitude de interpretação significativa no que se refere à implementação concreta das medidas, a qual deixa espaço para a discussão política e para o diálogo construtivo entre o Governo e o maior partido da oposição.
As medidas incluídas no programa de assistência visam, no essencial, o restabelecimento das condições de financiamento da economia portuguesa no prazo do programa. No entanto, a sustentabilidade da economia portuguesa no médio e longo prazo, isto é, após o fim do programa de assistência financeira, exige a manutenção de um crescimento económico sustentado, que permita não apenas fazer face ao reembolso do empréstimo concedido ao abrigo daquele programa, como também assegurar o reinício do processo de convergência real da economia portuguesa no seio da área do euro
As declarações foram feitas em Castelo Branco durante a apresentação do Novo Ciclo aos militantes socialistas. Durante a tarde, o candidato esteve ainda em Teixoso, Covilhã e Fundão
Em Bragança,
Seguro reafirmou preocupação com as indefinições do Governo na preparação da abertura do ano escolar
O candidato à liderança do PS António José Seguro acusou ontem o Governo de estar a criar “instabilidade nas escolas” por falta de orientações para o novo ano letivo.“o Governo, por ausência de orientações claras, está a criar instabilidade na preparação da abertura desse ano escolar”, disse Seguro, em Bragança, num almoço com militantes, em que decidiu “chamar a atenção do Governo” para esta questão.Para António José Seguro, “é a altura de o Governo decidir e dar orientações claras para a escola, nomeadamente no que diz respeito ao desenho curricular, se a disciplina da Área de Projeto se mantém, se há um ou dois professores na área do audiovisual, se vai haver fusão o! u não de agrupamentos, e se vai proceder ao encerramento ou não das escolas com menos de 21 alunos”.“O facto de não haver decisão sobre estas três questões que são essenciais perturba naturalmente os prazos para que as escolas possam dizer quais são as suas necessidades em termos dos próprios professores”, declarou.Seguro lembrou que a “preparação da abertura do ano escolar diz respeito a milhões de portugueses: aos professores, à comunidade escolar, aos alunos, aos pais” e considerou que esta “chamada de atenção ao Governo” é um exemplo da “oposição responsável” que se propõe fazer, se for eleito secretário-geral do PS.Esta é a expectativa do presidente da Federação Distrital de Bragança do partido, Mota Andrade, que apoia Seguro na sucessão ! de José Sócrates e espera “uma votaç! ;ã ;o massiva” dos militantes desta região no candidato. Mota Andrade desafiou ainda Seguro a, se for eleito, realizar em Bragança a primeira reunião geral de militantes do PS.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Em Vila Franca de Xira, Seguro preocupado com preparação do ano escolar.


António José Seguro manifestou hoje a sua preocupação com a preparação da abertura do próximo ano escolar. “O novo Governo tarda em tomar decisões importantes, o que cria muita instabilidade nas escolas”, criticou.

O candidato à liderança do Partido Socialista  lembrou que o ano lectivo se inicia em Setembro, mas que “é necessário prepará-lo com antecedência”, apelando ao Governo para que “rapidamente tome decisões”. &ld! quo;O Governo tem de deixar de hesitar e tomar medidas”,  afirmou Seguro, acrescentando que “é necessário dar condições aos professores para prepararem a abertura do novo ano escolar”.

Durante o encontro em Vila Franca de Xira que reuniu cerca de setenta militantes socialistas, Seguro explicou as suas preocupações com indecisão de orientações do Ministério da Educação, designadamente no que respeita ao desenho curricular, à agregação de escolas e agrupamentos e ao encerramento de escolas com menos de 21 alunos.

 
Queremos cumprir Portugal mobilizando as pessoas para a mudança e colocando-as no centro da nossa visão dum Portugal melhor. As pessoas sempre em primeiro lugar, mas pensadas para além de meros destinatários de direitos e deveres individuais. Pessoas enquanto cidadãos activos de comunidades sustentáveis.
 
Acreditamos nas pessoas e na importância da sua qualificação. Pugnaremos por uma responsabilização das comunidades, devolvendo competências à sociedade, reforçando as suas capacidades e promovendo parcerias fortes com o Estado, na solução dos problemas sociais que agravam as desigualdades e ferem a matriz solidária da sociedade que queremos.
 
Daremos atenção particular às vulnerabilidades específicas da população, onde desenvolveremos linhas próprias de acção. Recusamos modelos massificados de intervenção e adoptando perspectivas “individualizadas” de resposta.
 
Daremos prioridade a dois grupos particulares de cidadãos sobre os quais assenta muita da ambição de futuro e da matriz solidária do Portugal que queremos: às crianças - Concretizando uma política de infância, indo muito para além da educação e da saúde, complementando as valências do Estado com as respostas da sociedade e valorizando as políticas públicas, como instrumento insuperável de promoção da inclusão; e aos idosos - a esperança de vida tem vindo a aumentar. A vida activa potencial é muito mais longa. Enfrentaremos o desafio de pensar os idosos à luz do que são hoje: novos, saudáveis, competentes, adequando as políticas a essa realidade. A sua experiência de vida deve ser valo! rizada e aproveitada.
 
É possível um país novo. Que recuse e combata as desigualdades sociais e a pobreza. Gerador de mais e melhores oportunidades de emprego, em particular para os mais jovens. Um país capaz de estabelecer uma cultura de responsabilidade. Uma nova relação entre o Estado e o Cidadão, baseada na confiança. Uma cultura de trabalho e de poupança. A valorização do trabalho e o respeito da dignidade das pessoas em todas as suas condições.
 

terça-feira, 12 de julho de 2011

A

Com o seu apoio, O NOVO CICLO continua a crescer.


 
Ontem, uma grande jornada de debate, de contacto com os Militantes da Federação do Porto e de afectos, em Baião, em Santo Tirso, em Penafiel e na Maia. Uma calorosa recepção durante o dia que terminou com casa cheia em Matosinhos, num sinal inequívoco de que as ideias, a mobilização e o espírito construtivo estão a fazer o seu caminho.
Renovar o partido. Renovar a forma de fazer política.
Fazê-lo, centrados no esforço de valorização dos militantes, das suas ideias, das suas competências e dos seus saberes.
É esse o caminho do NOVO CICLO, ouvir os militantes, debater com os militantes e convocá-los para participarem nas decisões do Partido. Saber ouvir, estar próximo, para melhor decidir. É por isso que a candidatura não abdica do debate com os militantes de todas as federações, no continente, nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.É por isso que fazemos questão de ir a todas estrutruras federativas e de estar atentos às preocupações dos socialistas das Comunidades Portuguesas espalhadas por todo o Mundo. A nossa prioridade sempre foi o debate com os militantes. Essa foi, é e será a noss! a prioridade. É certo que dá trabalho, mas nada melhor que ouvir as mulheres e os homens que estão um pouco por todo o País para compreender melhor a realidade e evitar os erros de quem acha que sabe tudo a partir de Lisboa ou dos grandes centros urbanos.
O NOVO CICLO é um movimento de renovação, de esperança e com ideias para o nosso Partido Socialista, para Portugal e para a Europa.
O NOVO CICLO é um movimento gerado por vontade própria, com a ambição de colocar as pessoas no centro da acção política do Partido Socialista, dos que são militantes, dos que são simpatizantes e de todos os que querem contribuir para um novo tempo com respeito pelos valores da nossa Declaração de Princípios.
Com o apoio dos militantes O NOVO CICLO será um renovado espaço de participação, onde será possível ser ouvido e fazer-se ouvir. É por isso, que O NOVO CICLO CONTINUA A CRESCER, pela positiva, com afirmção das suas ideias, com valorização dos militantes e com confiança na capacidade de avaliação das mulheres e dos homens que fazem o PS, nos bons momentos e nas fases menos bons.
HOJE, 22:00 SIC-NOTÍCIAS DEBATE ENTRE ANTÓNIO JOSÉ SEGURO E FRANCISCO ASSIS.

António José Seguro em Matosinhos

“A Europa não pode passar a vida a correr atrás do prejuízo”


“A Europa tem de agir por antecipação, em vez de apenas reagir”, criticou hoje António José Seguro no encontro que reuniu mais de uma centena de militantes socialistas em Matosinhos.

“A Europa não pode passar a vida a correr atrás do prejuízo”, insistiu o candidato à liderança do Partido Socialista, considerando que é  “a altura de os líderes europeus se porem de acordo rapidamente e criarem mecanismos que possam verdadeiramente ajudar a resolver esta crise”.

Seguro considerou que a Europa tem sido “negligente” em relação à actual crise e apresentou como alternativas a emissão de divida pública conjunta através de eurobonds, “que possibilitaria a negociação de melhores taxas de juros”,  bem como a cr! iação imediata de uma agência de ‘rating’ europeia independente.

“Quando olho para a Europa não gosto do que vejo, realçou o candidato, reafirmando a sua intenção de, caso seja eleito Secretario-Geral do PS, contactar os líderes dos países europeus para, juntos, elaborarem uma proposta comum alternativa à actual governação liberal e conservadora. “A Europa deve regressar ao seu projecto fundador, solidário, partilhando recursos para resolver os problemas das pessoas”, concluiu.

Ao longo do dia de ontem, António José Seguro contactou com centenas de militantes em Baião, em Santo Tirso, em Penafiel, na Maia e, por fim, em Matosinhos, num registo de proximidade que é uma das marcas do Novo Ciclo. "Sabemos o Portugal que queremos. Temos valores fortes. Temos um sonho. Uma ambição. E uma enorme vontade. Em primeiro lugar, assumimos um compromisso: o do exemplo. Agir na política com valores éticos, com transparência e com responsabilidade. Colocando o interesse nacional acima de interesses partidários, sectoriais ou pessoais. Estamos na política para servir. E a primeira responsabilidade do PS é servir Portugal.Em segundo lugar, buscamos o envolvimento das pessoas. Queremos fazer política com as pessoas e para as pessoas. A participação e o envolvimento das pessoas d! eterminam o êxito das propostas políticas. Só um projecto mobilizador do melhor que há em cada um de nós pode gerar um horizonte de esperança. ".

sábado, 9 de julho de 2011

Entrevista ao Semanário " Expresso"

" Há mais vida para lá do memorando", António josé Seguro em entrevita ao Semanário " Expresso"
É o favorito claro nas eleições internas. Consigo a líder, o Governo pode contar com o PS para as medidas da troika. Quanto ao resto a vigilância será total. 
 - Diz que "o PS tem de mudar, e muito". É um corte radical com o passado? 
 - Não. O PS tem de mudar, e muito, nas suas práticas, nos métodos de trabalho, na forma de organização e de comunicação — quero dar mais voz aos militantes e abrir o partido à sociedade. E tem de mudar ao nível da proposta política: inflexível nos valores mas com resposta aos novos problemas. 
 - Os métodos não funcionaram ou são os tempos que exigem novos métodos? 
 - As duas coisas. Ao longo das últimas décadas, os órgãos nacionais muitas vezes ratificaram mais as decisões do que as debateram. O PS, no essencial, continua com a estrutura do pós-25 de abril. 
 - Alegre desafia o próximo líder a acabar com o culto do chefe. Foi a isso que se assistiu nos últimos anos? 
 - Não estou com os olhos postos no passado. Quero que o PS seja um partido moderno, à altura dos novos tempos, que valorize os militantes pois só assim é que consegue atrair novos contributos. Gosto muito de ouvir antes de decidir, isso enriquece a decisão. Para sermos unidos na ação temos de ser plurais no debate. 
 - Diz que para os portugueses voltarem a acreditar nos políticos, a primeira condição é "ser frontal e transparente com as pessoas". Foi um dos erros do governo socialista? 
 - Nenhuma governação do PS está isenta desses erros. Devemos aprender com eles. Mas o passado não o podemos corrigir. Mais do que estar à procura de diferenças, quero afirmar-me como sou. Não me interessa onde as pessoas estiveram no dia 4 de junho. 
 - Como é que um projeto de mudança recolhe apoio tão maciço do aparelho? 
 - Não gosto dessa palavra. Em cada estrutura do PS há homens e mulheres que dão o seu melhor, gente muito capaz e de muita inteligência. Esta é uma candidatura que não nasceu num corredor do poder em Lisboa, negociada entre meia dúzia de pessoas. Nasceu por vontade própria, das bases para o topo. Não quero ser um líder de facão. 
 - Ao "falhanço da globalização económica de inspiração liberal", corresponde a perda de poder dos socialistas europeus. Como se resolve o paradoxo? 
 - É uma discussão que tem de ser feita no interior da família socialista europeia. E deve ser em simultâneo com o debate que quero introduzir no PS. A UE está dominada por uma visão muito liberal e conservadora. É um engano e a Europa vai definhar. A Europa tem instrumentos de política monetária e cambial, mas não tem verdadeiros instrumentos de política económica. Não tem sentido que seja Merkel a falar e a Europa a obedecer. A Europa precisa de instituições e lideranças capazes de avivar o projeto de solidariedade que foi fundador da UE. 
 - Mas como, se, a cada dia, perdem influência? A seguir prevê-se que sejam o PSOE e o PASOK a perder eleições... 
 - A receita da austeridade como solução para resolver o problema da consolidação das contas públicas e nenhum estímulo ao crescimento económico, vai ter mau resultado! Precisamos de a contrariar e isso só com um forte investimento nos sectores produtivos que acrescentem crescimento económico. 
 - Em Portugal as propostas liberais acabaram sufragadas pelos eleitores. 
 - Não estou a dizer o contrário. O que quero é que em 2015 os portugueses tenham duas propostas por onde escolher. Temos de levar esperança e confiança às pessoas e não vejo, a começar no programa do Governo, que esta maioria (de matriz liberal e conservadora) seja a resposta para os problemas. 
- A margem é estreitíssima. O PS assinou o compromisso com a troika. 
- Queremos ser uma oposição responsável, assumindo os compromissos, designadamente os do memorando, mas há caminhos que fazem a diferença. E tenho uma grande disponibilidade para, em questões estruturantes, podermos convergir. Exemplo: o combate à corrupção. Assim como a transparência na gestão dos dinheiros públicos. 
- Assis fala explicitamente de alianças autárquicas à esquerda. O senhor não. 
- O diálogo interpartidário deve existir, à esquerda e à direita. Nunca tivemos nenhum complexo dessa natureza. Mas neste momento, mais importante é a afirmação da autonomia do PS. 
- A força da autonomia também lhe virá do relacionamento com o Governo. Voltamos à quadratura do círculo... 
- Sim, mas gostava de esclarecer uma coisa: nós não governamos, nem somos reféns da política do Governo. Uma coisa é o memorando, outra o espaço político de um partido de oposição. Há mais vida para lá do memorando da troika. 
- As pessoas não têm certeza disso. 
- Eu percebo. As medidas são tão fortes, e adensadas com medidas que não estavam no memorando, que é natural que as pessoas se questionem. Mas cabe à oposição encontrar espaços que permitam marcar a diferença. Era o que mais faltava que não tivesse possibilidade de definir a estratégia eleitoral do PS. 
- Criou-se a ideia de que entre si e Passos será difícil estabelecer a diferença. 
- Os percursos são diferentes. É verdade que fomos líderes das juventudes, há essa coincidência, mas é a única. 
- Quando Passos foi eleito no PSD você interrogou-se se à mudança geracional iria corresponder a alteração da forma de fazer política. Já tem resposta? 
- O exemplo dá-me uma resposta negativa. Na campanha, Passos prometeu que não aumentaria os impostos. Foi a primeira coisa que fez no Governo. Prosseguiu a linha política dos governos anteriores. Eu faço política de forma diferente. É necessário honrar as promessas eleitorais. 
- Há contexto para retomar a revisão constitucional? O PS reapresenta o projeto que entregou no início deste ano? 
- Essa deve ser a base. O PSD não conta é com os nossos votos para o projeto do verão passado, nomeadamente nas áreas laboral e social. 
- É contra as eleições primárias para escolha de candidatos abertas a não militantes que Assis propõe. Porquê? 
 - Sou favorável à realização de primárias, mas entre os militantes. Caso contrário não haveria nenhuma razão para as pessoas aderirem ao PS! Isso mataria o debate político no interior do PS. 
- Se for eleito, qual o papel que destina a Francisco Assis? 
- Neste momento o importante é dar razões aos militantes para me elegerem. Depois das eleições naturalmente que Francisco Assis tem um lugar por direito próprio no PS. Não dispensarei o contributo de nenhum militante, em particular o dele. 
 

sexta-feira, 8 de julho de 2011

EM Évora

António José Seguro criticou ontem o Governo por não ter uma resposta para a decisão da agência Moodys de cortar  em quatro níveis o 'rating' de Portugal.

“Qual foi a resposta do governo? Queixou-se”, afirmou, em Évora, o candidato à liderança do PS, acrescentando que “isso não resolve problemas”. Seguro defendeu a necessidade de “passar à ofensiva e colocar Portugal a crescer economicamente”, acusando o actual executivo de não ter no seu programa de governo uma “estratégia sustentável de apoio ao crescimento económico”.

O candidato afirmou que “o crescimento económico é o grande desafio que temos pela frente” e defendeu a adopção de respostas europeias conjuntas para a resolução dos problemas nacionais dos estados-membros.

“Os at! aques especulativos que existiram em relação à Grécia ou o ataque que ontem foi feito em relação ao nosso pais é um ataque à zona euro e os estados nacionais  não têm condições por si só de responder a estes ataques”, disse, sublinhando que “chegou a altura de os líderes europeus perceberem que têm de cumprir com a sua parte, o que significa passarem das palavras aos actos”.

Durante o encontro que juntou dezenas de militantes e simpatizantes socialistas, Seguro lembrou que na Europa existe uma única politica monetária, mas que cada Estado manteve os seus instrumentos orçamentais. “Ninguém consegue resolver os problemas da Europa desta maneira”, disse, defendendo a existência de uma governação económica e política europeia.

“Não! é admissível que alguns Estados da União! Europei a tivessem negociado a 2 ou 2,5 % as taxas de juros, enquanto outros tivessem de as negociar a 5, a 6 e a 7 %”, criticou, salientando a importância de “dotar a Europa de instrumentos concretos para dar resposta aos desafios que temos pela frente”.

Neste sentido, o candidato reiterou a sua intenção em promover um debate com os líderes europeus para a construção de um projecto solidário e alternativo à actual governação liberal e conservadora.

Gabriela Canavilhas apoia António José Seguro

"O PS tem o privilégio de ter dois candidatos de elevado nível disponíveis para assumirem a difícil tarefa de substituir José Sócrates como Secretário-geral. Ambos têm provas dadas e qualidades comprovadas na grande tradição democrática do PS. O que os une é mais do que o que os distingue.   A elevada capacidade intelectual e reflectiva de Assis complementa-se com a indiscutível capacidade de diálogo de Seguro, à qual se alia uma afectividade genuína e grande capacidade de criação de uma ligação efectiva com o cidadão de base do partido.O PS precisa neste momento de um líder que assegure esta ligação ao cidadão comum, que lidere uma! oposição firme e livre, em respeito pela herança histórica do PS e pelo legado de grande dignidade que nos deixou José Sócrates. Como meu cabeça de lista por Braga, conheci e encontrei em António José Seguro estas qualidades. Por isso, declaro o meu apoio à sua candidatura a Secretário-geral do PS. " Gabriela Canavilhas

António José Seguro em Campo Maior. Rui Nabeiro apoia Seguro.

O Comendador Rui Nabeiro e autarcas do Distrito de Portalegre expressaram hoje o seu apoio à candidatura de António José Seguro. Durante um encontro, que decorreu em Campo Maior, o candidato recolheu os diferentes contributos e ideias sobre questões relacionadas com o distrito de Portalegre. Estiveram presentes o presidente da Câmara Municipal de Campo Maior, Ricardo Pinheiro, o presidente da Câmara Municipal de Gavião e da Distrital do PS de Portalegre, Jorge Martins, o vice-presidente da Câmara Municipal de Elvas, Nuno Mocinha, o presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo, Ceia da Silva, o presidente da Comissão Política Distrital do PS e vice-presidente do instituto politécnico de Portalegre, Albano Silva, e a vice-presidente da C! âmara Municipal de Campo Maior, Isabel Raminhas.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Seguro expressa opinião sobre extinção de concelhos em carta escrita aos Presidentes de Câmara Municipal Eleitos pelo Partido Socialista


"Têm surgido diversas notícias na comunicação social relativas às intenções do actual Governo em avançar com a extinção de concelhos e de freguesias.
 Quero transmitir-lhe, com clareza, que sou contra a extinção dos actuais concelhos, excepto se a mesmo decorrer da vontade própria das suas populações. É necessário reduzir despesas. Mas há outras formas de o fazer, nomeadamente através do associativismo intermunicipal e da alteração da lei eleitoral autárquica. Reduzir despesa é uma necessidade, mas esta reforma deve prosseguir o objectivo da racionalidade e da eficiência, de modo a que as pessoas possam ser melhor servidas e as autarquias possam realizar as suas funções.
 Todo este processo de reorganização administrativa deve ter em conta o papel insubstituível dos autarcas, em particular, o dos Presidentes de Câmara. Na formulação da proposta, na sua preparação e execução. Mexer nos concelhos e nas freguesias do nosso país é mexer com as pessoas, com a sua identidade e com a sua história.
 Se vier a ser eleito Secretário-Geral do PS, como espero, quero trabalhar consigo, e com os nossos autarcas, na procura de soluções que diminuam a despesa pública, eliminem duplicações de estruturas administrativas, introduzam maior racionalidade e eficiência nas nossas autarquias.  Sou contra a reorganização administrativa feita “a régua e esquadro”, por um conjunto de tecnocratas que utilize, exclusivamente, o número de habitantes ou a área do respectivo concelho como  únicos critérios para operarem mudanças.
Uma reorganização a ser feita nesta base apenas reforçaria o poder central e a cultura centralista, responsável pelo bloqueio do desenvolvimento de tantas regiões e concelhos do nosso país.
Também em relação às freguesias é possível encontrar soluções de racionalidade, procedendo à eliminação da duplicação de estruturas administrativas, em particular nas zonas urbanas e nas sedes de concelho, onde existe uma forte acessibilidade aos serviços da autarquia municipal. No mundo rural, freguesia é, por vezes, a única ligação das populações com o Estado. Deveremos agir com bom senso e não desproteger partes do nosso território, em particular no interior, já tão desertificado.
As populações locais devem ser previamente auscultadas e participar activamente nesse processo, designadamente através do seu Presidente de Câmara. A manutenção da identidade e a introdução de maior racionalidade, poupança e eficiência constituirá um equilíbrio desejável.
O PS, como partido responsável e de oposição construtiva, estará disponível para participar activamente no processo de reorganização administrativa do nosso país.".


domingo, 3 de julho de 2011

Em Viseu e na Guarda

 Em Viseu e na Guarda

António José Seguro apontou caminhos para o crescimento económico de Portugal

António José Seguro é claro quanto ao caminho que Portugal deve percorrer para ultrapassar a situação em que se encontra: «os compromissos assumidos com a Troika têm de ser cumpridos, mas apenas permitirão garantir o financiamento da dívida portuguesa. Se queremos recolocar o país numa trajectória  sustentável de crescimento económico, temos de gerar riqueza». O candidato à liderança do PS falava hoje, dia 2 de Julho, a centenas de militantes, em Viseu.
Seguro criticou o Governo pela ausência de propostas de políticas públicas que promovam o crescimento económico e respondam às medidas de austeridade tomadas. «Li o Programa de Governo e só encontro generalidades. O Governo começou mal, escolheu o caminho errado. Mas como quero ser uma oposição responsável e construtiva, aponto algumas soluções para relançar Portugal: apoiar o sector exportador, incentivar a internacionalização de empresas, apostar em pequenas e médias empresas que actuam em sectores fulcrais e promover o desenvolvimento de uma verdadeira política industrial», explicou.
Quanto à corrupção, António José Seguro mostrou-se disponível para colaborar com o Governo num forte combate que ponha fim àquela que considera «uma das piores chagas da actual sociedade». Para isso, considerou fundamental «elevar os níveis de transparência da vida pública e dotar o sistema judicial dos recursos necessários».
Antes de terminar, o candidato mostrou-se preocupado com o actual projecto europeu e lançou o desafio: «queremos uma economia europeia de rosto humano, que sirva as pessoas e não os mercados». Nesse sentido, Seguro propõe «um amplo debate entre a família europeia socialista que permita à Europa responder à altura dos desafios que enfrenta».
 António José Seguro quer unir o PS
Unir o Partido Socialista. Foi assim que António José Seguro apresentou hoje, dia 2 de Julho, «O Novo Ciclo», na Guarda. A uma sala repleta de militantes, o candidato à liderança do PS disse estar empenhado «em unir e somar ao partido, ao invés de dividir ou subtrair». Um partido que quer «moderno e aberto para responder aos actuais desafios». Seguro salientou ainda que esta é «uma candidatura que nasce de convicções e que está concentrada num futuro que se quer melhor para o partido e para o país». E defendeu que a sua principal preocupação é «trabalhar com e para as pessoas». Na Guarda, onde liderou, em 1995, a lista de candidatos do PS à Assembleia da República e foi candidato à Assembleia Municipal de Gouveia, Seguro assumiu o comp! romisso de manter uma relação de proximidade com os militantes, contando com o seu contributo para a uma nova forma de fazer política.
Assumindo-se como uma oposição responsável e construtiva, António José Seguro não deixou, no entanto, de explicar as diferenças que o afastam do actual Governo. «Estaremos disponíveis para cooperar, mas de acordo com a nossa declaração de princípios. Estou certo de que a direita olhará apenas para a consolidação das contas públicas, enquanto nós teremos sempre presente a solidariedade social», referiu. E acrescentou: «o actual Governo começou mal, ao acrescentar austeridade à austeridade, sem apresentar soluções que apontem para o crescimento económico e que devem passar pelo apoio ao sector exportador, pelo incentivo à internacionalização de empresas, pela aposta em pequenas e médias empresas que actuam em sectore! s fulcrais e pela promoção do desenvolvimento de uma verdadeira política industrial».
Para a Europa, Seguro pretende um novo projecto que nasça da mobilização da família socialista europeia e que não esqueça a visão solidária e a coesão social e territorial.
ANTÓNIO JOSÉ SEGURO EM VILA NOVA DE CERVEIRA -VIANA DO CASTELO
Segunda-Feira, 4 de Julho, 21 horas
Centro de Apoio às Empresas, Parque Industrial Polo 2 Campus, em Vila Nova de Cerveira

terça-feira, 28 de junho de 2011

EM AGENDA

EM AGENDA

Quinta, 30 Junho 21h., ANTÓNIO JOSÉ SEGURO estará no Auditório da Escola Secundária Ferreira Dias, Agualva, no Cacém.
Sexta 1 Julho 21h., ANTÓNIO JOSÉ SEGURO estará no Centro Cultural e de Congressos de Aveiro.
 Sábado,2 Julho 17h, ANTÓNIO JOSÉ SEGURO estará no Hotel Montebelo, em Viseu.
Sábado 2 Julho 21h., ANTÓNIO JOSÉ SEGURO estará no Paço da Cultura (junto ao Governo Civil),  na Guarda.
Domingo,3 Julho 16h.,ANTÓNIO JOSÉ SEGURO estará  no Hotel Tuela,no Porto.

Mário Soares apresentou livro de António José Seguro

António José Seguro lançou ontem em Lisboa o seu livro “Compromissos para o Futuro”. Numa sala repleta de convidados, Mário Soares, ao apresentar o livro, lembrou o período em que ambos estiveram no Parlamento Europeu: ”Eu já o conhecia bastante bem, passei a admirá-lo e a ter por ele uma altíssima consideração”. Na Plateia podiam-se ver Gabriela Canavilhas, Alberto Martins, o cantor Vitorino, Jorge Coelho, António Serrano, o cantor Carlos Mendes, Maria de Belém Roseira, Luís Represas, o Presidente dos Autarcas Socialistas Rui Solheiro, Carlos Zorrinho, José Jorge Letria, Elza Pais, José Magalhães, Edmundo Pedro, José Vera Jardim, Jos&! eacute; Lamego, entre muitos outros.
“Compromissos para o Futuro” reúne um conjunto de textos sobre política, que constituem a base de um pensamento estratégico para os próximos anos da vida portuguesa e de um compromisso sobre os grandes desafios da esquerda democrática. O autor e candidato a Secretário Geral do Partido Socialista salientou que “há muita coisa a mudar no regime político português”. A esse respeito, referiu que “alguns estudos revelam que os portugueses são críticos do funcionamento em concreto da democracia, mas persistem fiéis aos valores dessa mesma democracia”, concluindo que “cabe a cada um de nós reduzir essa tensão que existe entre democracia ideal e real, através do exemplo, de novas atitudes e sermos coerentes entre a nossa palavra e a n! ossa acção política”.

Seguro reuniu com Presidentes de Junta do Município de Lisboa

António José Seguro reuniu ontem com os Presidentes de Juntas de Freguesia de Lisboa que estão a apoiar a sua candidatura à liderança do Partido Socialista. No encontro foram debatidas as questões relacionadas com as competências das freguesias e a sua importância numa lógica de proximidade que caracteriza o Novo Ciclo.

Durante a sessão, António José Seguro demonstrou a sua disponibilidade para voltar a reunir após as eleições internas por reconhecer ”o importante papel de cada um dos autarcas no relacionamento com as pessoas e com a dimensão local, associadas a um conhecimento das estruturas de base das secções de residência”.
Seguro demonstrou vontade numa aposta valorativa na formação dos membros das autarquias locais, reconhecendo que a escolha dos candidatos deve ser feita atempadamente, na medida em que a maioria dos actuais eleitos termina o seu ciclo em 2013, por força da limitação de mandatos.

Estiveram presentes os Presidentes das Juntas de Freguesia da Pena (Joaquim Ramos), de Santa Maria dos Olivais (José Manuel Rosa Do Egipto), de Santa Catarina (Irene Lopes), de Santos-o-Velho (Luís Monteiro), de Santa Justa (Manuel Medeiros), de São João (José Maria Bento), da Penha de França (Elisa Madureira), de São Cristóvão e São Lourenço (Ermelinda Rocha Brito) e de Benfica (Inês Drummond). O Presidente da Junta de Freguesia do Beato, Hugo Xambre, na impossibilidade de comparecer por motivos de agenda, enviou uma mensagem de total apoio à candidatura de António José Seguro

domingo, 26 de junho de 2011

O novo ciclo para cumprir Portugal

Um Novo Ciclo. Este é o meu objectivo para o Partido Socialista. Um projecto que pretendo liderar no PS, em permanente ligação com os militantes e também com as pessoas, movimentos sociais e organizações que não optaram pela militância partidária, mas que têm opinião e querem colaborar na elaboração de uma proposta política alternativa à actual maioria de direita.
O Novo Ciclo dirige-se a todas as pessoas e representa uma nova forma de fazer política no PS e em Portugal. Uma política formulada com as pessoas e para as pessoas. As pessoas são o centro da nossa acção política. Política com ética e transparência que saiba reconquistar a confiança dos portugueses através do exemplo e do exercício das virtudes republicanas.
Promoverei um amplo debate nacional (de Setembro a Março, próximos) sobre a melhor forma de organização e funcionamento do PS. Ambiciono um PS renovado, moderno, de modo a beneficiar da inteligência e das capacidades de cada um dos seus militantes e que, ao mesmo tempo, se abra aos cidadãos que se identificam com os valores e o ideário da esquerda democrática. O PS é o espaço natural da esquerda democrática. Mas não ficaremos à espera que as pessoas venham até nós. Queremos fazer política junto das pessoas, ouvindo a suas preocupações. Essa é uma das principais funções de um partido de esquerda, em particular em momentos de crise social como a que actualmente atravessamos. Ouvir os militantes e alargar os seus direitos (opini&! atilde;o e escolha dos candidatos a cargos públicos) de participação das decisões da vida interna do PS é uma das prioridades do Novo Ciclo.
O Novo Ciclo pretende alterar métodos, conceitos e, também, protagonistas da mudança. Uma das reflexões, seguramente das mais importantes, é no quadro programático. Há um núcleo de valores que considero imutável e que tem a ver com a nossa matriz fundacional: liberdade, igualdade de oportunidades, justiça social e solidariedade.
Inspirados, e em coerência com estes valores, devemos procurar, sem complexos nem tabus, novas soluções para os nossos principais problemas, nomeadamente: elevado desemprego, fraco crescimento económico, financiamento sustentável do Estado de bem-estar (educação, saúde, investimento e protecção social) e desigualdades sociais.
A busca destas novas soluções exige, também, um olhar diferente sobre a Europa. O PS tem que estar na primeira linha do debate sobre a construção europeia. Deve trabalhar para pôr fim à ambiguidade que a tem caracterizado e proceder a uma clarificação sobre a natureza do seu projecto. Esse projecto só será viável se dotarmos a Europa de uma governação política e económica. Disse-o e repito: se assim não proceder, a Europa definhará.
O socialismo democrático deve saber afirmar-se com coerência num mundo globalizado. Considero que há, aliás, duas constatações que devem servir de ponto de reflexão à nossa acção: a actual crise originou milhões de pobres e desempregados e é unânime a apreciação de que a responsabilidade dessa crise é dos mercados, sem regulação. Mas, quando os vários países escolhem os governantes, optam pelos defensores do neoliberalismo, os apóstolos do sistema de mercado. Porquê? Quais os motivos por que a social-democracia perde peso para os populismos (de esquerda e direita) e para os liberais? Afinal, após o desencadear da crise, não foi para o Estado que as sociedades olharam como tábua de salvaçã! ;o?
Segunda constatação: a social-democracia aposta numa sociedade mais justa e coesa. Os políticos liberais apostam no individualismo, no cada um por si. Será que há uma profunda mutação nos valores das sociedades mais desenvolvidas, onde valores como solidariedade e justiça social exigem uma nova conceptualização? Ou, na verdade, apesar de se afirmarem como sociais-democratas, muitos governos terminaram os seus mandatos com mais desigualdade social?
Como se percebe, não vai ser tarefa fácil a descoberta deste caminho programático. No entanto, é meu desejo que se faça de forma aberta e sem dogmas.
Uma outra alteração que está na génese do Novo Ciclo é o papel da sociedade. É urgente terminar com o conformismo. As pessoas têm de ser mais intervenientes, participativas e libertarem-se de tutelas ou receios. Liberdade de pensar, criar e agir. Na política, nas empresas, nas universidades... Libertar energia para quebrar uma cultura seguidista, conformada e que oscila entre a euforia e o derrotismo.
Com o desencadear das eleições internas no PS, tenho lido muitas reflexões de militantes e simpatizantes nas redes sociais e nos blogues. Opiniões interessantes e, algumas delas, polémicas, com troca permanente de comentários. É neste espírito, de forma dinâmica e com o respeito pela diferença, que, espero, o PS se transforme, também ele, numa plataforma aberta, congregadora de debates, reflexões e propostas. De todos e para todos.

sábado, 25 de junho de 2011

José Seguro em Setúbal defende crescimento económico

José Seguro em Setúbal defende crescimento económico<br>
«Portugal precisa de uma verdadeira política industrial»<br>

“O país precisa de uma verdadeira política de internacionalização da indústria nacional”, afirmou ontem António José Seguro no encontro com os militantes em Setúbal.

O Estado deve “facilitar a capacidade exportadora das empresas, mostrando-lhes novos mercados e criando condições que facilitem a colocação da sua produção em mercados externos”, acrescentou o candidato à liderança do Partido Socialista.
“Só o investimento pode criar riqueza e postos de trabalho”, disse, salientando a necessidade de ”substituir importações por produção nacional”.

Seguro defendeu a aposta no “capitalismo ético”, em detrimento do “capitalismo de casino”, apontando a necessidade de uma nova relação com o mundo laboral. “Temos de regressar para junto das pessoas. Dos trabalhadores. Temos de respeitar os sindicatos. Conto muito com os trabalhadores socialistas”, acrescentou o candidato socialista apelando ainda “às mulheres e aos homens de esquerda para que se juntem ao Novo Ciclo”.

As questões sociais foram também um dos temas centrais da sessão designadamente o desemprego, a justiça social e a igualdade de oportunidades. “Em momentos de austeridade, o papel de um partido de esquerda é estar com as pessoas e encontrar soluções para os seus problemas. O PS é o espaço natural da esquerda democrática”, afirmou perante uma sala repleta de militantes e simpatizantes socialistas





ttp://www.rostos.pt/inicio2.asp?cronica=24603&mostra=2

PS: Seguro quer liderança colegial e respeito por diferença de opiniões

Setúbal, 24 jun (Lusa)- António José Seguro defendeu hoje que só "na diferença e no pluralismo do debate" é que o PS será "mais coeso e unido", dizendo querer incutir um espírito de "liderança colegial" no partido caso seja eleito secretário-geral.
"O que quero incutir no interior do PS é uma liderança colegial, que incentive o debate, que incentive a diferença, porque eu acredito que é na diferença e no pluralismo do debate que nós seremos mais coesos e mais unidos na ação política do PS. Essa é uma marca distintiva que quero aqui afirmar", declarou o candidato a secretário-geral do PS.
As palavras de António José Seguro foram proferidas na abertura de um debate com militantes socialistas na Associação de Socorros Mútuos de Setúbal, no âmbito da sua candidatura à liderança do PS, onde esteve ladeado pelo presidentes da federação distrital, Vítor Ramalho, e da concelhia, Luís Gonelha.


http://www.dn.pt/Inicio/interior.aspx?content_id=1888213

domingo, 19 de junho de 2011

o Apoio de Pedro Barosa



Caros Amigos e Camaradas,

O Partido Socialista precisa de renovação e, sobretudo, de um novo ciclo.

Segundo Vítor Ramalho, Presidente da Federação do PS de Setúbal, “Sendo a hora de renovação, que não deverá excluir o contributo de nenhum socialista, não duvido que o debate das ideias em torno dos projectos das candidaturas possibilitará, como disse, o reforço do ideário do PS, a reestruturação orgânica e também a própria clarificação do rumo futuro da marcha do PS, face à gravíssima crise que o país atravessa, não esquecendo nunca que o partido socialista é indispensável ao aprofundamento da democracia e do progresso do país, esteja no governo ou na oposição.

Já em 2009 Vítor Ramalho defendia a necessidade de renovar a credibilidade e a esperança. Em artigo publicado na edição de 1 de Agosto de 2009 do Semanário escrevia:

Os partidos políticos são os pilares da democracia e a base de sustentação dos governos.

Os partidos deveriam assim ser a menina dos olhos da democracia, os alicerces dos diferentes ideários e os impulsionadores dos debates sobre o futuro.

Deveriam ser mas são-no cada vez menos. O militante deixou de ser visto como um cidadão com responsabilidades cívicas e políticas acrescidas. O partido é hoje para ele, em regra um instrumento para obtenção de um qualquer poder e menos o suporte de causas, valores e princípios, em que o interesse geral prevalece. Deixou de existir em muitas situações a pertença do militante ao partido por razões de ideário.

É que hoje, mais do que nunca parece ser decisivo priorizar o combate no interior dos partidos, porque é por estes – que não haja ilusões – que o futuro se reconstruirá. Quem poderá contribuir para isso se não forem os dirigentes?

No que me respeita não tenho dúvidas face ao descrédito crescente dos cidadãos da política e dos partidos.

Não há – parece-me - outra via, para renovarmos a credibilidade e a esperança. Como se verá no futuro próximo.”

Apesar de escrito em 2009, este artigo revela uma invulgar actualidade e é por demais elucidativo.

Os partidos políticos estão desacreditados e não correspondem às exigências do nosso tempo. Em termos de ideologia, organização, funcionamento e representatividade, não respondem à contemporaneidade. Os partidos estão marcados pela sua génese da época industrial, quando as sociedades em que vivemos são cada vez mais pós-industriais, sociedades de informação e do conhecimento. Com a aceleração das mudanças civilizacionais, os partidos foram-se descaracterizando, afastando-se dos eleitores e dos próprios militantes, esvaziando-se de referências ideológicas e teóricas, transformando-se em máquinas burocráticas e clientelares de tomada e exercício de poder por grupos cada vez mais restritos e menos representativos dos sectores da sociedade que era suposto representarem.

A vida partidária esvaziou-se progressivamente, deixou de ser espaço de confronto de ideias, de militância cívica e política, para só ter expressão através daqueles que ocupam cargos políticos e partidários.

Alain Touraine, in Carta aos Socialistas, escreveu “A opinião pública já não considera os partidos como representativos do interesse público, mas sim como empresas políticas, financiadas por operações ilegais, minadas pela corrupção e mais próximas das agências de publicidade do que dos movimentos sociais”.

Constituído em 1973, por um conjunto de personalidades social-democratas, o Partido Socialista não recebeu, na sua génese, heranças ideológicas ou praxis ancoradas nos movimentos sociais e trabalhistas. Esse facto propiciou que o PS tenha estado, até hoje, prisioneiro de
lideranças unipessoais que, com mais ou menos carisma, e, em função das circunstâncias, se orientam exclusivamente para a conquista e o exercício do poder. Tal não é criticável, pois essa é a finalidade dos partidos políticos, não fosse a ausência de uma base ideológica definida e consistente, em resultado do sacrifício dos valores e causas do socialismo democrático, bem como dos princípios programáticos do PS, ao princípio do pragmatismo.

Os portugueses devem muito ao PS (a luta pela liberdade, antes e depois do 25 de Abril, a consolidação de uma democracia pluralista e de um estado de direito, a abertura a todos os povos do mundo, uma cultura de tolerância e convivência pacífica, a Europa e o que ela nos trouxe de oportunidades, mas também de responsabilidades, a defesa do modelo social europeu e uma capacidade sempre renovada de, no respeito pelo ser humano, pelo meio ambiente e pelas conquistas sociais), mas com excepção da liderança de Mário Soares, a generalidade das lideranças que se seguiram têm-se “consumido” na efemeridade do poder ou na oposição, suportadas em corpos aparelhísticos e clientelares que existem manifestamente à margem dos movimentos sociais e populares, dos debates civilizacionais e da sociedade civil.

Os dirigentes partidários, tal como os governantes, teimam em esquecer que o voto serve para designá-los, mas já não serve para legitimar a sua acção.

Em minha opinião, a prática política tal como a conhecemos está em declínio, um declínio irreversível. Uma nova forma de ver e fazer política é a única resposta possível, admissível e desejável.

Essa nova prática política deve ser alicerçada em valores e causas, no respeito pelos princípios programáticos e doutrinários, no primado do interesse público sobre os interesses individuais ou partidários, em elevados níveis de exigência ética no exercício de cargos políticos, em aplicar eficazmente a administração da justiça, em promover a solidariedade e o combate às desigualdades sociais, em saber incorporar novas dimensões de participação, em considerar a opinião dos cidadãos, em saber incorporar a opinião, ideias e propostas de outros partidos políticos, em utilizar uma linguagem de verdade, em honrar as promessas feitas, em agir com transparência, em privilegiar o debate das ideias, em respeitar os adversários, em gerir com rigor os dinheiros públicos, em assumir as responsabilidades, em regressar para junto das pessoas, em dar voz aos problemas dos cidadãos e em prestar contas aos eleitores de modo permanente e não apenas nos períodos pré-eleitorais, em ser claro nas convicções e nas posições.

A clareza das convicções e das posições deve ser sempre, e em qualquer circunstância, uma obrigação de todos os agentes políticos. Esta atitude decorrente da revelação de intenções íntimas com sinceridade de posições públicas chama-se credibilidade.

A nova prática política é respeitar e aplicar os princípios essenciais, é sobrepor os valores, as causas, os princípios programáticos e doutrinais, ao pragmatismo, não é sacrificar os princípios ao pragmatismo. O pragmatismo vive pela lógica de que as ideias e actos são verdadeiros se servem à solução imediata dos problemas, tomando-se a verdade pelo que é útil.

Vítor Ramalho escreveu hoje “Tendo em atenção o percurso politico e as ideias de António José Seguro, conhecido pela sua coerência, por uma forte e já longa experiência partidária e parlamentar incluindo no parlamento europeu, bem como por uma diversificada actividade governativa que sempre desenvolveu com espírito de servir e fidelidade a princípios e valores, sem subserviências, estes tão necessários à mobilização nesta grave crise que atravessamos, venho publicamente e como militante do PS dar-lhe o meu apoio.”

In Memórias – Um Combate pela Liberdade, Edmundo Pedro escreveu “A esquerda nunca foi para mim uma simples identificação com os interesses sociais e políticos de uma parte da população. É muito mais do que uma mera opção social. É uma opção dos sentimentos. É uma profunda necessidade de coerência moral. E é também a identificação com uma certa cultura. Mas a opção de esquerda, quando é ditada pelo racionalismo e por uma profunda necessidade de realização moral, e quando, por outro lado, está alicerçada em inúmeras atitudes que só se explicam a essa luz, implica a coragem de assumir a verdade, com todas as suas consequências.”

Apoio a candidatura de António José Seguro a Secretário-geral do PS porque estou convicto que é a pessoa indicada, estando esse apoio alicerçado no seu trajecto político e modus operandi, no facto de considerar imperativo a renovação e um novo ciclo para o PS, mas também por ser uma opção de coerência moral e política, e uma identificação com uma certa cultura.

Saudações socialistas 
Pedro Barosa